Eu, que não gosto de incertezas
Eu, que pouco ligo pra beleza
Logo eu, que estou tão fora de moda
Agora vejo sentido em ser moderna
E esta indefinida sensação que vou voar
E este desejo inquieto de ficar
Quando sei que meu destino é partir
Logo eu, que nunca tive medo do futuro
Agora ando a ruminar minhas incertezas
Clarão do céu que mostra as cartas sob a mesa
Vou descobrindo uma nova forma de caminhar
Ah! Mas que besteira é essa minha agora
De tanto fingir indeferença acabei indiferente
Outras histórias me parecem interessantes
Somente agora eu enxergo mil nuances
Parece mesmo que fiquei fora do ritmo
Qual a diferença
Ninguém entende o que digo
Não tem problema
Já sei bem mais do que apontam meus sentidos
Rua deserta, pessoa incerta, tudo indefinido
Menina mulher, transformação total
Não estou igual, sou nova pessoa e digo:
Com os mesmos amigos.
Fotos: Marilene Gonçalves
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