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segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Andarilho eu

Meus caminhos. Tortuosos caminhos, cansados pés.
Algumas vezes se perdem em emboscadas da vida.
Noutras encontram ruas sem saída, ah!
E eu sempre à procura de mim, ou de ti
Nada me fere mais que não poder caminhar
E me deixar ficar em um abrigo qualquer
Sou andarilho, sigo um rumo que não sei qual é
Mas sigo a pé
Porque à pé, eu sinto as flores que nascem na estrada
Eu vejo a criança que me olha entre curiosa e desconfiada
Eu vejo a vida passar por mim e eu por ela, sim!
Às vezes me incomoda esta sina
Pois meus pés me reclamam um constante caminhar
Como se a poesia que se espalha no caminho
Fosse deixando minha essência pelo ar
E morreria se me permitisse ficar
Meus caminhos, tortuosos caminhos
Não sei viver sem caminhar

Foto e texto: Marilene Gonçalves

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