Às vezes me pergunto o que eu, Marilene, estou fazendo em um curso de jornalismo. Quando criança tinhas vários sonhos, ser executiva, atriz, poeta, escritora, pintora e até marinheira. Mas jornalista nunca. Engraçado o destino. Porque sempre gostei de coisas que me dão plena liberdade de criação, que me permita estar em contato com o ser humano. E, de repente, me vejo em uma profissão que exige que eu documente a vida dessas gentes e me confronte com elas diariamente. De toda forma, estou gostando do curso, gosto das disussões, mas sempre me pergunto se é isto que eu realmente quero para minha vida. Entendo que na sociedade capitalista e excludente em que vivemos, onde frequentemente os valores são distorcidos para favorecer pessoas em específico, ser jornalista é um desafio. Talvez até nem seja, para quem não se incomoda em vender seus conceitos por mesquinharias e deixar-se envolver por falácias bem ensaiadas. Mas para mim, que acredito no valor do ser humano, que creio que o amor pelo próximo é mais importante do que status e dinheiro, é desafiador sim. A cada dia entendo a realidade do mundo da comunicação. E ela não é bonita não... É uma realidade marcada por distorções, por mentiras bem contadas, por um discurso muito bonito de contribuir para a sociedade, mas que está fundamentado no controle social, na legitimação de um sistema que deturpa a realidade a desabitua os indivíduos a exercer sua subjetividade. E isto, eu nunca pretendo ser, nem defender. Mas não vou generalizar, tem muito jornalista bom e sério por aí. Me arrisco até a dizer que eles (ou nós), estão em um número considerável, quem sabe até suficiente para fazer uma comunicação diferente. Mas estes, infelismente, não estão no controle, quase sempre estão controlados. Mediante estas constatações, tenho duas opções: Escolher uma área que eu não precise estar subjugada a este controle - se é que isso ainda é possível, ou encarar este desafio e ser sal, fazer a diferença, engrossar a fila das minorias que crêem num jornalismo sério e comprometido com a mensagem no canudinho - que já nem vale muita coisa. São dois caminhos, qual vou escolher, não sei sinceramente. Mas sei que seguirei o caminho certo, até penso que ele já está marcado. E está à espera dos meus pés, e que venha o mundo. Seja o que Deus quiser.
... ...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazon
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesia ...
AFECTUOSAMENTE
MARI
jose
ramon...